No primeiro painel, Acayaba juntou-se a representantes do setor de aviação, telecomunicações e bancário, além de um superintendente do Procon para falar sobre regulação. Em relação à saúde suplementar, ele defendeu o diálogo entre a reguladora e os regulados para que o setor seja mais dinâmico. “Para ter eficiência nas normas é preciso que toda a cadeia atenda à mesma regulação. Isso é extremamente importante para se ter uma relação de transparência com o consumidor.”
No painel que tratou sobre a redefinição do papel das áreas jurídicas para otimizar o serviço de atendimento ao cliente, Acayaba comentou sobre a judicialização na área da saúde, amplamente debatida durante o bate-papo que contou com a participação do juiz de direito Ricardo Pereira Junior. Alessandro defendeu que a área jurídica deve ser a maior conhecedora do negócio para atuar preventivamente. “O jurídico tem que participar, gerenciar riscos e, além disso, evitar riscos, porque isso traz uma vantagem muito significativa nos resultados. Mais do que pedir desculpas, as empresas precisam resolver o problema e o jurídico precisa entender o cliente para ter resultados favoráveis. As empresas precisam percorrer este caminho para desafogar o judiciário”, explicou.
Em complemento à questão levantada por Acayaba, o juiz Ricardo Pereira Junior afirmou que o setor de saúde é um dos grandes litigantes no Brasil e defendeu o redimensionamento do trabalho dos advogados e do judiciário, trabalhado conjuntamente para encontrar soluções para diminuir a judicialização. “Precisamos trabalhar preventivamente ao conflito”, acrescentou.
Alessandro mencionou que o cliente precisa estar bem informado sobre o que adquire e, por isso, “a ANAB produziu um guia para o consumidor dos planos de saúde, que auxilia toda a cadeia da saúde suplementar a se informar sobre a forma correta de utilização dos planos”. O magistrado Ricardo Pereira Junior reiterou a importância desta atitude, principalmente para auxiliar na reestruturação do judiciário, que precisa envolver também a sociedade. “A judicialização é um método antiquado de lidar com o problema, por isso, vejo com bastante simpatia a iniciativa de oferecer o maior número possível de informações para o consumidor. As organizações precisam trabalhar cada vez mais o conteúdo educacional para que o consumidor entenda aquilo que está celebrando.”