A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) divulgou o Painel de Indicadores de Atenção Materna e Neonatal na plataforma virtual, o informativo apresenta dados das operadoras de planos de saúde, hospitais e maternidades privadas, a fim de garantir que os beneficiários e toda a sociedade civil tenham uma transparência em relação às informações de parto e nascimento no setor de saúde suplementar.
Todas essas informações são fundamentais para aumentar a realização de novas pesquisas de conhecimento de parto e nascimento no país, além de possibilitar que haja um aumento na qualidade da prestação dos serviços existentes na maternidade, no parto e nascimento.
A pesquisa e o informativo disponibilizado pelo site da ANS considera os dados mais recentes desde a última atualização, ocorrida em agosto de 2021, o que demonstra a efetividade da Agência em manter as informações atualizadas.
Os indicadores apresentam diversas informações fundamentais para observância de como a saúde suplementar atua no Brasil, com isso, há apresentação da Proporção de Parto Cesáreo e Parto Vaginal, Taxa de Consultas de Pré-Natal e Presença de acompanhantes durante a internação pré-parto, parto ou pós-parto.
De acordo com dados do setor, houve um total de 287.166 partos no ano-base de 2019, com 84.76% partos cesáreos (há necessidade de mudança e a Agência identifica essa necessidade para garantir uma atenção saudável aos cuidados), 15.24% partos vaginais, 6,31% consultas de pré-natal e 0,25% presença de acompanhantes.
O painel disponibilizado pela Agência possibilita que haja uma filtração dos dados por meio de faixa-etária, escolaridade e raça/cor das gestantes, assim como possibilita uma análise local por meio de cada unidade da federação.
A atualização do Painel em agosto de 2021 não trouxe alterações nos percentuais observados em dezembro de 2019, sendo possível observar que dados da pesquisa Nascer Saudável realizada pela Fiocruz demonstram que a maior parte das mulheres optam pelo parto vaginal, mas buscam pela cesárea após o período de gestação.
O painel atualizado demonstra que 56,71% dos partos cesáreos ocorreram em período anterior ao início do trabalho de parto, o que mostra um cenário preocupante, visto que o Conselho Federal de Medicina (CFM) destaca que a cirurgia antes do trabalho de parto deveria acontecer apenas depois de 39 semanas de gestação.
Por fim, devemos sempre destacar que a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) realiza diversas iniciativas para o estímulo do parto vaginal seguro, desde 2015 a Agência promove o Movimento do Parto Adequado, responsável por disseminar estratégias capazes de orientar os profissionais de saúde e a própria população da necessidade do parto vaginal em razão ao aumento da qualidade de vida e bem-estar.
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