A ANAB acompanhou o Encontro sobre os Novos Projetos da Diretoria de Desenvolvimento Setorial – DIDES realizado pela ANS na data de ontem, no auditório da Fecomércio, no Rio de Janeiro.
Foram apresentados três painéis sobre os projetos da DIDES, que buscam mudanças no modelo de cuidado em três frentes relevantes: idosos, odontologia e oncologia.
No painel sobre idosos, moderado por Martha Oliveira, Diretora da DIDES, foi apresentado o projeto Idoso Bem Cuidado lançado o Livro “Idosos na Saúde Suplementar: uma urgência para a saúde da sociedade e para a sustentabilidade do setor”.
Segue link para acesso à publicação da Agência:
http://www.ans.gov.br/images/stories/Materiais_para_pesquisa/Materiais_por_assunto/web_final_livro_idosos.pdf
Foi também realizada uma mesa de debates, com o tema “O projeto do idoso bem cuidado: é possível? Perspectivas e desafios” em que foram apresentadas as propostas de remodelação da atenção do cuidado aos idosos. Foi pontuado que o Brasil passou pela transição demográfica e tecnológica, mas não fez ainda a transição em saúde. A ANS busca apontar falhas e redesenhar o modelo junto com sociedade civil.
A partir do dia 30 de junho a ANS aceitará a inscrição de operadoras para operarem o projeto piloto sobre novo modelo de cuidado para idosos.
Sobre odontologia, a Diretora Adjunta da DIDES, Michele Mello, apresentou o projeto SORRIR, fruto do trabalho do laboratório com participação da sociedade civil, incluindo a ANAB, para propostas de mudanças no modelo da prestação do serviço, com foco na saúde do paciente.
Foi relatado o início do projeto, com objetivo de criar ferramentas para melhoria do sistema, espelhando em outros projetos já em curso na Agência e as diretrizes que são aplicadas na equipe que participam do projeto de melhoria. Busca-se olhar para modelo atual, pontuar problemas e também uma perspectiva de mudança.
E evento foi encerrado com o painel sobre oncologia, com propostas definidas em quatro linhas: diagnóstico precoce, com estímulo a ações de promoção, prevenção e realização de busca ativa; continuidade entre o diagnóstico e o tratamento; tratamento mais adequado e em tempo oportuno, com a inserção da figura do navegador, para garantir que o paciente com suspeita ou diagnóstico de câncer consiga seguir o percurso ideal para o cuidado; e pós-tratamento e outros níveis de atenção (cuidados paliativos).
Pontuou-se que o câncer na verdade é uma doença de tratamento ambulatorial. Ocorre que o modelo atual é falho em fornecer informações para melhoria de resultados a serem entregues para a sociedade. É importante saber o que faz e o que não faz a diferença na vida das pessoas e como os doentes estão evoluindo, desfragmentando o sistema.
Com o novo modelo, almeja-se um diagnóstico mais preciso da situação atual do cuidado oncológico, estímulo à adoção de boas práticas no cuidado ambulatorial e hospitalar, e necessidade de melhorias nos indicadores de qualidade da atenção oncológica na saúde suplementar.
A ANAB entende que novos projetos para melhoria do quadro da saúde suplementar no Brasil são bastante válidos e apoia a iniciativa da Agência que busca integrar a sociedade nas medidas propostas, enfatizando ainda a importância de todas as suas associadas se engajarem na nova cultura pela busca de um sistema sustentável.