A Associação Nacional das Administradoras de Benefícios (ANAB) reforça que os reajustes anuais dos planos coletivos são extremamente necessários para a manutenção do sistema de saúde suplementar brasileiro em equilíbrio. Os índices praticados pelas operadoras de saúde em 2023 refletem o cenário do setor, que enfrenta uma série de instabilidades por diversos fatores: adoção do rol exemplificativo, que incrementa coberturas inesperadas e acarreta no desequilíbrio econômico-financeiro dos contratos vigentes; aumento das fraudes no uso de planos; obrigatoriedade de fornecimento de medicamentos de alto custo; maior sinistralidade dos últimos anos (chegando a 100% em alguns contratos); entre outros. Como consequência direta, as operadoras de planos de saúde tiveram um prejuízo operacional de cerca de R$10,7 bilhões em 2022 e isso reflete nos índices de reajuste dos planos de saúde coletivos, que estão sendo anunciados em cada contrato ao longo deste ano.
As nossas associadas atuaram para negociar com as operadoras reajustes de menor impacto possível para os beneficiários que possuem planos sob gestão de administradoras de benefícios. No último ano, o percentual médio de reajuste de planos de saúde coletivos pedido pelas operadoras foi de 44%, enquanto que a média aplicada em contratos com administradoras de benefícios foi de 20%, em 2022; ou seja, conseguimos gerar uma economia de R$ 2 bilhões para os consumidores, que é a diferença entre o pedido pelas operadoras e o percentual efetivamente aplicado. De 2013 a 2023, essa economia gerada nos contratos geridos por administradoras de benefícios passou de R$ 8,6 bilhões.
Por entender que o plano de saúde é uma prioridade para o brasileiro, estamos auxiliando os beneficiários nos seus cálculos e, quando não puderem arcar com o reajuste, optarem por alternativas muito próximas ao produto que já dispunham, exercendo a vantagem da portabilidade de carências. As administradoras de benefícios criaram, nos últimos anos, mais de 50 novos produtos para acomodar seus consumidores.
A ANAB representa as empresas que fazem a gestão e comercialização de planos de saúde coletivos, aquela em que o benefício é vinculado a alguma empresa ou entidade de classe a que o consumidor pertença. De acordo com a ANS, há 169 administradoras de benefícios registradas no país.
Tags: planos coletivos planos de saúde coletivos reajuste