Em 5 de dezembro de 2018, a Associação Nacional das Administradoras de Benefícios (ANAB), representada por sua Superintendente Executiva, Andréa Ferreira dos Santos e pelas Advogadas, Fernanda Oliveira Occhiuzzo e Patricia Vieira Brasileiro, prestigiou a 2ª edição do Fórum Saúde Suplementar organizado pelo Jornal Folha de S. Paulo e patrocinado pela ANAB, Qualicorp Administradora de Benefícios, Sistema Unimed e Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde).
Foi transmitida na abertura do Fórum uma entrevista com o Diretor Presidente da ANAB, Alessandro Acayaba de Toledo, que ressaltou que a redução do número de beneficiários nos planos privados vem ocorrendo gradativamente nos últimos anos por causa da crise econômica. Falou, ainda, que as Administradoras de Benefícios têm contribuído para o equilíbrio econômico na relação dos consumidores com as Operadoras de Saúde, principalmente na questão dos reajustes, onde as Administradoras estão conseguindo reduzir significativamente os percentuais por conta da negociação entre as partes.
Em seguida, Mauro Paulino, Diretor do Instituto Datafolha, apresentou dados de uma pesquisa realizada com 638 pessoas que possuem planos de saúde e 172 que deixaram de ter nos últimos 4 anos, entre os dias 21 e 23 de novembro na cidade de São Paulo. Seguem alguns dados:
• 42% dos entrevistados consideram a família como o mais importante para a sua vida, vindo a saúde logo atrás com 38%;
• 55% possuem plano de saúde empresarial e 45% possuem planos individuais ou coletivos por adesão;
• 88% desejam transparência nas informações e médico exclusivo com histórico clínico de exames e consultas;
• 40% acham que a área da saúde deveria ser prioridade do próximo presidente, seguido da educação (20%); segurança (15%) e desemprego (8%);
• Dos que não possuem plano de saúde, 84% são atendidos pelo SUS; 15% tem atendimento particular e 8% recorrem as clínicas populares.
Após, foi iniciada a 1º mesa de debate com Ana Estela Haddd (Professora da Universidade de São Paulo e Diretora de Relações Institucionais da Associação Brasileira de Telemedicina e Telessaúde – ABTms); Antonio Carlos Endrigo (Diretor de Tecnologia da Informação da Associação Paulista de Medicina) e Juliana Abrusio (Professora da Universidade Mackenzie e especialista em direito digital) para falarem sobre tecnologia e comunicação a serviço do atendimento médico. Todos concordaram que falta acesso ao serviço saúde e para Ana Estela, o uso adequado da tecnologia da informação poderia melhorar a entrega de serviços de saúde e fortalecer o funcionamento e gestão da rede de atenção.
A 2ª mesa discutiu propostas para reduzir custos e desperdícios na saúde suplementar. Trataram do assunto Alberto Gugelmin Neto (Vice-Presidente da Unimed do Brasil); Alexandre Rosé (Diretor de serviços Clínicos da Amil); José Cechin (Diretor Executivo da FenaSaúde); e Juliana Pereira (Diretora Executiva de Clientes da Qualicorp). Cada um falou das experiências realizadas em suas empresas. Para Juliana, uma forma de evitar o desperdício é compreender o consumidor, uma vez que é ele quem paga o plano de saúde, gerando assim menos ações judiciais. Deve-se também educar o consumidor na hora da comercialização do plano de saúde para se evitar gastos excessivos, o que acaba provocando o desequilíbrio nos contratos.
Posteriormente, Ana Carolina Navarrete (Pesquisadora em Saúde do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor – IDEC); Felipe Rossi (Diretor da Associação Brasileira de Planos de Saúde – Abramge); e Walter Cintra Ferreira Junior (Coordenador do MBA em gestão de saúde da Fundação Getúlio Vargas) iniciaram a 3 º mesa falando sobre a coparticipação e o ressarcimento de planos de saúde ao Sistema Único de Saúde (SUS). Com relação a coparticipação, Ana Paula diz que a expectativa para o novo normativo a ser expedido pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) é que sejam acolhidas as demandas do setor e maior transparência de informações aos consumidores da forma como serão aplicados os mecanismos financeiros de regulação, bem como acesso as informações dos prestadores de serviços à saúde e os gastos realizados com o plano de saúde.
A última mesa de debate foi composta por Emilio Puschmann (Fundador e Copresidente da Amparo Saúde); Mara Redigolo (Cofundadora do aplicativo de saúde Dandelin) e Salomão Rodrigues (Coordenador da Comissão Nacional de Saúde Suplementar do Conselho Federal de medicina) que discorreram sobre a ascensão das clínicas populares. Para Salomão, o atendimento nas clínicas populares ainda é básico, contudo com tendência de ampliação do número de procedimentos de média complexidade. Emilio e Mara acreditam que as clínicas populares são alternativas de acesso à saúde, uma vez que a população não pode depender somente do SUS ou das Operadoras de Planos de Saúde.
A ANAB, como entidade representativa das Administradoras de Benefícios, continuará presente em todos os debates que envolvem assuntos de interesse do setor, contribuindo sempre para o fortalecimento dessas no mercado de saúde suplementar.