A Agência Nacional de Saúde Suplementar divulgou a nova edição do Boletim Covid-19 com os dados necessários para identificação e compartilhamento de informações relacionadas aos planos de saúde durante a pandemia. Trata-se de um documento fundamental para identificar todas as informações econômico-financeiras relacionadas aos meios utilizados para o combate à pandemia, além da identificação da quantia de beneficiários, número de exames referentes ao Covid-19, internações, entre outros procedimentos que buscam assegurar o cuidado aos beneficiados.
A nova edição do Boletim Covid-19 demonstra um exponencial aumento do número de beneficiários de planos de saúde em todas as modalidades de contratação, com a conquista de 48 milhões de usuários em planos de assistência médica, além de demonstrar que, como consequência, houve um crescimento do número de exames para a detecção do Covid-19 em relação ao início da pandemia.
O aumento do número de beneficiários demonstra um crescimento que não ocorrera desde agosto de 2016, que conquistou a marca de 48.037.472 de beneficiados. Isso demonstra uma atenção e um cuidado especial dos indivíduos em relação à saúde e à própria pandemia que assola o país e o mundo.
Outra informação assistencial à saúde demonstra que houve um acréscimo de dois pontos percentuais em relação à fevereiro, atingindo 76% de média mensal de ocupação de leitos no mês de março. A taxa de ocupação de leitos para o atendimento à Covid-19 alcançou o maior índice histórico com 80% em março, o que demonstra uma inadequação da população e do Poder Público em relação às medidas sociais de combate à pandemia do coronavírus.
Em relação aos exames, nota-se que houve um total de 364.624 exames de RT-PCR e 77.456 de testes sorológicos para identificação do Covid-19 no beneficiário, um leve acréscimo em relação ao mês anterior (fevereiro). Todavia, vale ressaltar que em dezembro de 2020 houve o maior número de realização de exames de RT-PCR (690.330), o que demonstra a preocupação da população durante datas de eventos comemorativos (como Natal e ano novo).
Referente às demandas econômico-financeiras, destaca-se que houve um registro de 72% das despesas assistenciais, especificamente em relação aos sinistros ocorridos para as operadoras de planos de saúde, entretanto, esse número demonstra uma leve queda em relação ao mês anterior (fevereiro).
Ainda no mesmo sentido, a inadimplência dos beneficiários demonstra uma situação levemente favorável às operadoras, visto que os dados apresentam que houve uma redução se comparado com o mês anterior, provavelmente em virtude do vencimento da mensalidade de março ter caído em um dia útil.
Além disso, o Boletim Covid-19 demonstra um aumento de 26,1% comparado ao mês de fevereiro em relação às reclamações de consumidores pelos canais de atendimento da ANS. Trata-se de reclamações embasadas na dificuldade de realização de exames para detecção do Covid-19, além do tratamento para a doença e 15% de reclamações relacionadas às questões contratuais e regulamentos.
Por fim, a análise dos indicadores de assistência hospitalar demonstra uma coleta de informações de 50 operadoras que possuem rede própria hospitalar. Em relação aos dados econômicos-financeiros, houve uma coleta de informações de 96 operadoras. Ainda na construção do Boletim Covid-19, destaca-se o uso do Documento de Informações Periódicas (DIOPS), do Sistema de Informações de Fiscalização (SIF), do Sistema de Informação de Beneficiários (SIB), do Padrão para Troca de Informação de Saúde Suplementar (TISS) e do ANS TabNet.
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