A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) divulgou nesta quarta-feira (19/08) os dados relativos ao monitoramento do setor de saúde suplementar durante a pandemia de Coronavírus. As informações estão consolidadas na quarta edição do Boletim Covid-19 que traz informações levantadas até julho/2020.
O objetivo do boletim é monitorar a evolução de indicadores assistenciais e econômico-financeiros durante o período da pandemia, subsidiando análise qualificada da Agência Reguladora e prestando mais informações à sociedade.
Os indicadores assistenciais apontam as principais tendências em relação à utilização de serviços de saúde hospitalares durante a pandemia e suas implicações nas despesas. Os dados abrangem ainda informações sobre atendimentos em Serviços de Apoio Diagnóstico Terapêutico (SADT), permitindo uma análise da utilização de procedimentos eletivos fora do ambiente hospitalar. Já os indicadores econômico-financeiros analisam a sinistralidade observada através do fluxo de caixa das operadoras – movimento de entrada (recebimentos) e saída (pagamentos) de recursos em um dado período – e a inadimplência, ou seja, o não pagamento de obrigações no prazo estabelecido.
Considerando as informações assistenciais, em julho, a taxa geral de ocupação geral de leitos manteve estabilidade em relação ao mês anterior (64% de ocupação, ante 62% em junho) e permaneceu abaixo da taxa verificada no mesmo período do ano passado (74%). Já a taxa geral de ocupação dos leitos alocados para Covid-19 manteve o percentual de junho (59%). As consultas em pronto-socorro cresceram 20% em julho.
As informações econômico-financeiras, nesse Boletim de Covid-19 foram verificados o fluxo de caixa das operadoras, através do movimento de entrada (recebimentos) e saída (pagamentos) de recursos em um dado período; a evolução do índice de sinistralidade de caixa; e a análise da inadimplência, ou seja, o não pagamento de obrigações no prazo estabelecido, observando-se os pagamentos recebidos e os saldos vencidos.
Os dados relativos à inadimplência abrangem 101 operadoras. Em julho, os percentuais continuaram próximos dos níveis históricos: nos planos individuais, foi registrado 11% de inadimplência em julho (no mês anterior foi registrado 10%), enquanto nos coletivos esse percentual ficou em 4% (em junho foi de 5%). Quando são analisadas todas as modalidades de contratação do plano, o percentual de inadimplência manteve-se inalterado de um mês a outro, ficando em 7%.